sábado, 23 de agosto de 2008
*Obs: Este tema é extremamente controverso por isso é necessário um maior aprofundamento, o blog http://cienciaeideias.blogspot.com publicou muita coisa interessante com diversos pontos de vista. Logo publicarei um texto sobre o impacto destes "programas de conservação" em países como o Brasil.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Diante da quantidade de perguntas recebidas via internet sobre o tema acima a ser desenvolvido, esolvi escrever um texto de compreensão simples de escrita popular, que tem por objetivo elucidar muitas das dúvidas mais comuns apresentadas diariamente. Muitos répteis são ovíparos, vivíparos ou ovovivíparos. No caso específico das serpentes há uma grande controversa sobre algumas espécies referente à denominação mais correta. Não colocarei aqui minha opinião sobre o certo ou errado, pois quem sou eu para determinar o correto e o incorreto.Nos ovíparos (egg-laying) os animais realizam a postura de ovos que após um certo período que varia de espécie para espécie, o filhote nasce ou sai do ovo. Na viviparidade (live-bearing) ou ovoviviparidade o filhote nasce direto, sem a necessidade ou presença do ovo, se assim posso dizer.
Todo o problema está no acontecimento fisiológico que ocorre no corpo da mãe gestante, referente à troca de nutrientes entre a mãe e o feto. Nas serpentes não existe um cordão umbilical tão desenvolvido ou uma viviparidade clássica (como ocorre por exemplo nos homens) e por esta razão muitos profissionais defendem que as trocas, que também são realizadas pela passagem de fluidos de maneira passiva (permeabilidade) via membrana e posterior absorção fetal são particulares, reconhecendo a ovoviviparidade como seu melhor termo. Para outra corrente de profissionais, a troca de nutrientes é realizada entre a mãe e o feto via cordão umbilical, e o termo viviparidade é o aceito. Este assunto é muito polêmico e complicado, portanto minha explanação é extremamente simples e resumida para o tema. Minha intenção é a de educar os leitores não fazendo distinção de classe, pois para debater um assunto tão complexo, seria necessário me valer termos técnicos tão complicados que inviabilizariam a intenção do presente artigo.
sobre anfíbios
A designaçăo popular sapos, tem duas conotaçőes. Uma que se refere aos anuros em geral(incluindo os tręs) e outra que diz respeito aos anuros que possuem pele bastante rugosa. Possuem a pele rugosa e os membros posteriores mais curtos que os demais anuros, bem como uma concentraçăo de glândulas de veneno nas laterais da cabeça (glândulas paratóides). As răs săo popularmente conhecidas como anuros bastante ligados ŕ água e bons nadadores. Săo animais de pele lisa e apreciados quanto a sua carne. Geralmente tem membranas bem desenvolvidas nos membros posteriores para nataçăo. As pererecas também possuem a pele mais lisa que os sapos, como as răs. Seus membros săo bastante desenvolvidos e adaptados a grandes saltos. Apresentam nas pontas dos dedos expansőes em forma de disco que promovem adesăo. Săo por isso capazes de caminhar em superfícies verticais, o que convém a seu hábito arborícola.
Sim. No Brasil a espécie introduzida para criaçăo, comercializaçăo é a Rana catesbeiana da família Ranidae. Além disso algumas espécies da família Leptodactylidae também săo apreciadas.
Năo. Um dos mecanismos de defesa muito difundido entre os anuros é o esvaziamento do conteúdo de sua bexiga urinária quando capturados. Essa urina năo cega, năo mata.
Vários anuros tęm veneno em sua pele, porém săo incapazes de inocular esse veneno em algum outro animal. Nem mesmo os sapos com a glândula paratóide conseguem inocular ou espirrar o seu veneno.
Năo. Sapos podem engolir bitucas de cigarro porque a cor vermelha da brasa e seu movimento quando atirada no solo săo interpretadas como presa. Assim, sapos engolem bitucas de cigarro por confundi-las com uma presa.
Năo. Os sapos apresentam uma série de mecanismos de defesa, dentre eles, o de inflar seus pulmőes. Quando um sapo é incomodado, ele infla os pulmőes e mostra seu dorso. A idéia é que pareça muito maior do que realmente é. Para o observador, a impressăo é de que o animal irá explodir, tamanho o empenho em inflar seu pulmăo e o volume que ele alcança.
Năo. As pererecas tęm habilidade para escalar, subir árvores e paredes devido aos seus discos adesivos nas pontas dos dedos. Algumas espécies de pererecas (Phrynohyas sp.) secretam um líquido viscoso que gruda a boca de predadores e a măo de eventuais desavisados que a manipularem.
A Classe Amphibia constitui um grupo de animais que apresentam uma ampla distribuiçăo geográfica ocupando quase todos os continentes com exceçăo da Antártica. Fazem parte do grupo os populares sapos, răs, pererecas, cecílias, salamandras, etc.
Săo animais tetrápodos (dois pares de membros locomotores), no entanto secundariamente pode ocorrer a reduçăo do número de patas, existindo formas ápodes (sem patas). Comparando-se com seus ancestrais Osteichthyes apresentam uma notável reduçăo no número de ossos do crânio, como também no restante do esqueleto. O crânio articula-se com a coluna vertebral através de dois côndilos occipitais. A cauda pode ou năo estar presente, na na sua ausęncia ocorre nesta regiăo uma estrutura chamada uróstilo.
A pele dos anfíbios atuais é rica em glândulas mucosas e venenosas. O muco umedece a pele, protegendo-a da dessecaçăo e auxilia na respiraçăo cutânea. As glândulas venenosas produzem alcalóides de elevada toxicidade que atuam sobre o coraçăo, reduzem a respiraçăo, ou atacam o sistema nervoso. O veneno de certas răs é usado por índios sul-americanos para envenenar suas flechas. Os anfíbios atuais năo possuem escamas verdadeiras, sua pele pode possuir as mais variadas coloraçőes, podendo alguns inclusive mudar de cor.
Entre os anfíbios podem ocorrer respiraçăo branquial, cutânea, bucofaringeana e pulmonar, podendo atuar conjuntamente dois ou tręs mecanismos. Os girinos (formas jovens) respiram através de brânquias, que podem ser internas ou externas. Geralmente após a metamorfose as brânquias atrofiam e há um maior desenvolvimento dos pulmőes. A respiraçăo cutânea ocorre nas formas adultas e jovens. No entanto, existem adultos sem pulmőes, onde predomina a respiraçăo cutânea.
Girinos se alimentam de algas e restos de animais e vegetais mortos. A alimentaçăo dos adultos é quase exclusivamente carnívora e inclui desde pequenos moluscos, artrópodes e pequenos vertebrados até mamíferos.
Como os ovos dos anfíbios săo destituídos de casca para proteçăo contra a perda de água, na sua grande maioria estes necessitam de ambientes úmidos ou aquáticos para a deposiçăo de seus ovos, no entanto, existem formas cujo desenvolvimento é direto. Entre os sapos, răs e pererecas, de modo geral, durante o período reprodutivo o macho abraça a fęmea (comportamento denominado amplexo) e libera seu esperma sobre os óvulos depositados pela fęmea na água. Portanto, geralmente a sua fecundaçăo é externa, enquanto nas salamandras e cecílias geralmente é interna.
Na sua grande maioria os anfíbios sofrem uma série de transformaçőes desde a eclosăo até atingir a fase adulta, ao conjunto dessas transformaçőes é dado o nome de metamorfose. De forma geral a metamorfose inclui uma reduçăo ou absorçăo completa das brânquias e da cauda dos girinos de sapos; desenvolvimento dos pulmőes; mudança da alimentaçăo herbívora para carnívora, o que implica num encurtamento do intestino; e desenvolvimento de dois pares de pernas.