sábado, 23 de agosto de 2008

Agência FAPESP - O conjunto de informações reunido nos últimos anos é extenso e preocupante. Para piorar, em qualquer que seja o continente enfocado, sempre existe um exemplo que aumenta a dramaticidade do cenário. O resultado é que a maioria dos pesquisadores da área não tem dúvida em afirmar: os anfíbios estão desaparecendo.De todas as 5.743 espécies de anfíbios conhecidas, 32,5% estão sob ameaça. E quase uma centena teria desaparecido desde 1980. Como os focos dos problemas são muitos – e as causas também, como aquecimento global, desmatamento, epidemias de fungos –, desde o ano passado está sendo traçado um plano mundial de ação para salvar os anfíbios. Com um artigo publicado nesta sexta-feira (7/7), na revista Science, a iniciativa ganha maior visibilidade.No texto, 48 pesquisadores assinam a idéia para criação da Aliança pela Sobrevivência dos Anfíbios (ASA), entre os quais Hélio Ribeiro da Silva, do Departamento de Biologia Animal da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. O principal autor da iniciativa é Joseph Mandelson, do Zoológico de Atlanta, nos Estados Unidos.“A intenção do programa é assegurar que todas as nações afetadas por esse terrível problema tenham os meios necessários para o desenvolvimento de tecnologia e recursos humanos, além de suporte financeiro para a implantação das ações de conservação dos anfíbios em suas próprias regiões”, disse Mandelson à Agência FAPESP.Segundo o pesquisador, a rede global será coordenada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), uma das principais instituições voltadas para o meio ambiente no mundo. “Nossa estimativa é que o projeto exigirá um orçamento de US$ 400 milhões para os próximos cinco anos”, disse.Quando a ASA estiver totalmente implementada, terá ações em várias áreas. A principal será de cunho científico. Com a ligação de vários bancos de dados sobre a situação dos anfíbios no mundo, os organizadores da aliança esperam ter um quadro abrangente da situação de todos os grupos, sejam rãs, sapos, pererecas, salamandras e assim por diante. “Mas vamos também trabalhar para que, quando necessário, políticas públicas sejam alteradas”, disse Mandelson.Segundo o pesquisador, uma das redes que servirão de modelo para a ASA é a Aliança pela Sobrevivência das Tartarugas, também administrada pela IUCN. Nesse exemplo, os recursos financeiros para pesquisa e proteção em geral do grupo de répteis são obtidos com a capacitação entre indivíduos, empresas privadas e governos interessados em apoiar a iniciativa. “Precisamos do apoio de todos os grupos da sociedade”, afirma Mandelson.Mais informações: http://www.sciencemag.org=/
*Obs: Este tema é extremamente controverso por isso é necessário um maior aprofundamento, o blog http://cienciaeideias.blogspot.com publicou muita coisa interessante com diversos pontos de vista. Logo publicarei um texto sobre o impacto destes "programas de conservação" em países como o Brasil.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Diante da quantidade de perguntas recebidas via internet sobre o tema acima a ser desenvolvido, esolvi escrever um texto de compreensão simples de escrita popular, que tem por objetivo elucidar muitas das dúvidas mais comuns apresentadas diariamente. Muitos répteis são ovíparos, vivíparos ou ovovivíparos. No caso específico das serpentes há uma grande controversa sobre algumas espécies referente à denominação mais correta. Não colocarei aqui minha opinião sobre o certo ou errado, pois quem sou eu para determinar o correto e o incorreto.Nos ovíparos (egg-laying) os animais realizam a postura de ovos que após um certo período que varia de espécie para espécie, o filhote nasce ou sai do ovo. Na viviparidade (live-bearing) ou ovoviviparidade o filhote nasce direto, sem a necessidade ou presença do ovo, se assim posso dizer.

Todo o problema está no acontecimento fisiológico que ocorre no corpo da mãe gestante, referente à troca de nutrientes entre a mãe e o feto. Nas serpentes não existe um cordão umbilical tão desenvolvido ou uma viviparidade clássica (como ocorre por exemplo nos homens) e por esta razão muitos profissionais defendem que as trocas, que também são realizadas pela passagem de fluidos de maneira passiva (permeabilidade) via membrana e posterior absorção fetal são particulares, reconhecendo a ovoviviparidade como seu melhor termo. Para outra corrente de profissionais, a troca de nutrientes é realizada entre a mãe e o feto via cordão umbilical, e o termo viviparidade é o aceito. Este assunto é muito polêmico e complicado, portanto minha explanação é extremamente simples e resumida para o tema. Minha intenção é a de educar os leitores não fazendo distinção de classe, pois para debater um assunto tão complexo, seria necessário me valer termos técnicos tão complicados que inviabilizariam a intenção do presente artigo.

uriosidades e dúvidas freqüentes
sobre anfíbios

Qual a diferença entre sapo, ră e perereca?

A designaçăo popular sapos, tem duas conotaçőes. Uma que se refere aos anuros em geral(incluindo os tręs) e outra que diz respeito aos anuros que possuem pele bastante rugosa. Possuem a pele rugosa e os membros posteriores mais curtos que os demais anuros, bem como uma concentraçăo de glândulas de veneno nas laterais da cabeça (glândulas paratóides). As răs săo popularmente conhecidas como anuros bastante ligados ŕ água e bons nadadores. Săo animais de pele lisa e apreciados quanto a sua carne. Geralmente tem membranas bem desenvolvidas nos membros posteriores para nataçăo. As pererecas também possuem a pele mais lisa que os sapos, como as răs. Seus membros săo bastante desenvolvidos e adaptados a grandes saltos. Apresentam nas pontas dos dedos expansőes em forma de disco que promovem adesăo. Săo por isso capazes de caminhar em superfícies verticais, o que convém a seu hábito arborícola.

Somente a ră é comestível?

Sim. No Brasil a espécie introduzida para criaçăo, comercializaçăo é a Rana catesbeiana da família Ranidae. Além disso algumas espécies da família Leptodactylidae também săo apreciadas.

Sapo espirra veneno?

Năo. Um dos mecanismos de defesa muito difundido entre os anuros é o esvaziamento do conteúdo de sua bexiga urinária quando capturados. Essa urina năo cega, năo mata.

Mas e o veneno que os sapos tem?

Vários anuros tęm veneno em sua pele, porém săo incapazes de inocular esse veneno em algum outro animal. Nem mesmo os sapos com a glândula paratóide conseguem inocular ou espirrar o seu veneno.

Sapo fuma?

Năo. Sapos podem engolir bitucas de cigarro porque a cor vermelha da brasa e seu movimento quando atirada no solo săo interpretadas como presa. Assim, sapos engolem bitucas de cigarro por confundi-las com uma presa.

Sapo explode?

Năo. Os sapos apresentam uma série de mecanismos de defesa, dentre eles, o de inflar seus pulmőes. Quando um sapo é incomodado, ele infla os pulmőes e mostra seu dorso. A idéia é que pareça muito maior do que realmente é. Para o observador, a impressăo é de que o animal irá explodir, tamanho o empenho em inflar seu pulmăo e o volume que ele alcança.

Alguma perereca gruda na măo e năo solta mais?

Năo. As pererecas tęm habilidade para escalar, subir árvores e paredes devido aos seus discos adesivos nas pontas dos dedos. Algumas espécies de pererecas (Phrynohyas sp.) secretam um líquido viscoso que gruda a boca de predadores e a măo de eventuais desavisados que a manipularem.

A Classe Amphibia (Anfíbios)

A Classe Amphibia constitui um grupo de animais que apresentam uma ampla distribuiçăo geográfica ocupando quase todos os continentes com exceçăo da Antártica. Fazem parte do grupo os populares sapos, răs, pererecas, cecílias, salamandras, etc.

Săo animais tetrápodos (dois pares de membros locomotores), no entanto secundariamente pode ocorrer a reduçăo do número de patas, existindo formas ápodes (sem patas). Comparando-se com seus ancestrais Osteichthyes apresentam uma notável reduçăo no número de ossos do crânio, como também no restante do esqueleto. O crânio articula-se com a coluna vertebral através de dois côndilos occipitais. A cauda pode ou năo estar presente, na na sua ausęncia ocorre nesta regiăo uma estrutura chamada uróstilo.

A pele dos anfíbios atuais é rica em glândulas mucosas e venenosas. O muco umedece a pele, protegendo-a da dessecaçăo e auxilia na respiraçăo cutânea. As glândulas venenosas produzem alcalóides de elevada toxicidade que atuam sobre o coraçăo, reduzem a respiraçăo, ou atacam o sistema nervoso. O veneno de certas răs é usado por índios sul-americanos para envenenar suas flechas. Os anfíbios atuais năo possuem escamas verdadeiras, sua pele pode possuir as mais variadas coloraçőes, podendo alguns inclusive mudar de cor.

Entre os anfíbios podem ocorrer respiraçăo branquial, cutânea, bucofaringeana e pulmonar, podendo atuar conjuntamente dois ou tręs mecanismos. Os girinos (formas jovens) respiram através de brânquias, que podem ser internas ou externas. Geralmente após a metamorfose as brânquias atrofiam e há um maior desenvolvimento dos pulmőes. A respiraçăo cutânea ocorre nas formas adultas e jovens. No entanto, existem adultos sem pulmőes, onde predomina a respiraçăo cutânea.

Girinos se alimentam de algas e restos de animais e vegetais mortos. A alimentaçăo dos adultos é quase exclusivamente carnívora e inclui desde pequenos moluscos, artrópodes e pequenos vertebrados até mamíferos.

Como os ovos dos anfíbios săo destituídos de casca para proteçăo contra a perda de água, na sua grande maioria estes necessitam de ambientes úmidos ou aquáticos para a deposiçăo de seus ovos, no entanto, existem formas cujo desenvolvimento é direto. Entre os sapos, răs e pererecas, de modo geral, durante o período reprodutivo o macho abraça a fęmea (comportamento denominado amplexo) e libera seu esperma sobre os óvulos depositados pela fęmea na água. Portanto, geralmente a sua fecundaçăo é externa, enquanto nas salamandras e cecílias geralmente é interna.

Na sua grande maioria os anfíbios sofrem uma série de transformaçőes desde a eclosăo até atingir a fase adulta, ao conjunto dessas transformaçőes é dado o nome de metamorfose. De forma geral a metamorfose inclui uma reduçăo ou absorçăo completa das brânquias e da cauda dos girinos de sapos; desenvolvimento dos pulmőes; mudança da alimentaçăo herbívora para carnívora, o que implica num encurtamento do intestino; e desenvolvimento de dois pares de pernas.

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Os peixes também se afogam no mar, sabia? Quando o mar se veste de verde, algo está errado. Um manto de algas, normalmente microscopias, pode estar a ocultar um cemitério nas profundezas do mar, ou uma fuga de espécies com mais sorte. Isto acontece quando a água não tem oxigénio suficiente.

De repente, uma parte do mar fica praticamente sem vida. São as chamadas zonas mortas onde apenas espécies arcaicas de pequenos microrganismos conseguem sobreviver. Os cientistas têm vindo a observar este fenómeno há cerca de um século. No entanto, este que era um problema esporádico, está a tornar-se numa praga. Desde os anos 60 que o número de zonas mortas tem crescido exponencialmente.

Um novo estudo publicado na revista Science, adverte que o número de zonas mortas aumentou cerca de um terço, entre 1995 e 2007 e espera-se que aumente ainda mais devido às alterações climáticas. Já foram detectadas 450 zonas mortas, em todo o mundo, segundo as últimas previsões de um dos maiores especialistas no assunto, Robert Díaz, do Instituto de Ciências Marinha da Virgínia, nos Estados Unidos.

«Não existe outra variável de tanta importância ecológica para os ecossistemas marinhos costeiros que tenha mudado tão drasticamente, em tão pouco tempo, como o oxigénio dissolvido», escreveram Díaz e o seu colega Rutger Rosenvber, da Universidade de Gotemburgo, na Suécia. Para estes cientistas, a hipoxia do mar, ou seja, a descida dos níveis de oxigénio dissolvido, é «um dos maiores problemas ambientais de hoje».

A origem está, mais uma vez, na actividade humana. Os resíduos pecuários, a queima dos combustíveis fósseis e principalmente os fertilizantes agrícolas libertam grandes quantidades de fosfatos e nitratos, que chegam ao mar através dos rios.

Uma vez na água esta matéria orgânica provoca uma eutrofização: fertiliza e nutre as algas microscopias e provoca um aumento descontrolado da sua população. No entanto, o processo acaba de começar. O fitoplâncton, ao morrer, cai no fundo do mar e transforma-se num «banquete» para bactérias. Estas, por sua vez, para decomporem a «comida», absorvem grandes quantidades do oxigénio circundante, o que provoca a sua descida ainda mais acentuada.

A consequência mais imediata é a elevada mortandade das espécies que habitam o fundo do mar. No entanto, nem todas as espécies morrem por asfixia. Algumas afastam-se do seu habitat natural, onde acabam por morrer por não conseguirem se habituar às condições.
Essas clases incluindo quatro ordens: os escamos (suporte,lagartos e afins) os, crocodilianianos (crocodilos,aligatores,camiães e afins) os aquelonios,(tartarugas e cágados ) e os rincar, alos (tuataras de Nova Zolandia.
Os repteis surgiram, a partir de ancestrais anfibios ha cerca de 340 M.A. Diferiam dos seus "primos" em dois aspectos fudamentais a pele era ringe e escamosas, o que os protegia do desgates contínuo do movimento e da evaporação exclussiva, e, provavelmente mais importante, reproduziam-se através de um ovo amniótico.
Estas características permitiram que os repteis se afastassem das margens dos corpos de água a que os anfibios estavam restritos, colonizado extensivamente o meio terrestre.
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Peixes